quarta-feira, 4 de março de 2009

As crianças refugiadas em Portugal

Não podemos pensar que o problema das crianças refugiadas está longe de nós e não nos diz respeito. Também Portugal tem um Centro de Acolhimento para estas crianças na Bobadela, perto de Lisboa.

Eis um excerto de uma notícia de 17 de Fevereiro saída no Diário de Notícias.

Crianças-soldados de África procuram refúgio em Portugal

PEDRO VILELA MARQUES

Refugiados. Já este ano, chegou ao nosso país um jovem da Guiné-Conacri Jovens saem dos seus países para fugir à guerra, ao casamento e à religião Massumu Hypo Matusidale (nome fictício) tinha apenas 14 anos quando foi recrutado como soldado na guerra do Senegal, de onde conseguiu fugir para Portugal. Hoje, dois anos depois, está no centro de acolhimento para refugiados na Bobadela, em Lisboa. Mussumu é um dos nove menores que pediram asilo em Portugal no ano passado, segundo dados divulgados ontem pelo Conselho Português de Refugiados (CPR) e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Ao todo, 161 pessoas pediram asilo no nosso país no ano passado.Os nove pedidos de asilo por menores desacompanhados representam 5,5% do total de 161 pedidos (maioritariamente Sri Lanka, Colômbia, e República Democrática do Congo) apresentados em 2008. Deste total, 51 pedidos foram apresentados por mulheres, 21 delas encontravam-se sozinhas e as restantes seis com filhos a cargo. Mas já este ano, apurou o DN, chegou a Portugal mais um jovem, da Guiné-Conacri, que fugiu da guerra e que está a dividir quarto com Massumu e outro rapaz africano. As autoridades estão a estudar o caso para determinar se o jovem é menor. Juntamente com eles encontra-se uma rapariga, proveniente da Guiné-Conacri, fugida de um casamento combinado. Os outros jovens que pediram asilo tiveram de sair do centro de acolhimento, por terem feito 18 anos, embora continuem a ser acompanhados por outras organizações. Os contactos com o centro são agora motivados pelas saudades e, também, pela boa vontade, para colaborarem no acolhimento de novos jovens. Os chamados meninos-soldados chegam a Portugal para evitarem ser recrutados, mas nem sempre isso acontece. É o caso de um dos nove menores que não conseguiram fugir antes de serem apanhados, o que os manteve nos combates durante alguns meses. Normalmente, as crianças raptadas pelos soldados têm à volta de 12 anos e "físico para segurar uma arma", conta Mónica Frechaut da CPR. "Os mais novos não são recrutados, ficam de sentinela e avisam os mais velhos."
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